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Artigo: 5 tendências para a conservação de alimentos

Conteúdo produzido pela Food Ventures, em parceria com a Fundepag e Venture Hub.

O período de quarentena tem alterado muito a rotina das pessoas. Cozinhar em casa é uma nova atividade para muitas delas e a busca por sites de receitas tem aumentado significativamente.

O que esses sites, normalmente, não têm, são orientações sobre como conservar melhor os alimentos. Já não era mais costume do brasileiro fazer "compras do mês", o mais comum era fazer compras reduzidas e programadas para atender à demanda de alguns dias, apenas. Com a mudança de rotina trazida pela Covid-19, as compras estão maiores, na tentativa de diminuir as idas ao mercado - e precisam durar mais de uma semana.

Um dos riscos desse aumento de estoque de alimentos é o desperdício. Por isso, vamos apresentar 5 tendências para conservação dos alimentos e, também, mostrar como a indústria pode contribuir para que esses itens sejam preservados por mais tempo.

1.Embalagens inteligentes

Além de conservar os alimentos durante o transporte, as embalagens também ajudam a educar o consumidor. Embalagens inteligentes, sensores e controle de como o alimento foi conservado durante toda a sua produção e transporte possibilitam ao consumidor acompanhar e garantir que seu alimento é seguro e, assim, seguir com a mesma segurança na conservação em casa.

2. Alternativas de distribuição

Boa parte do desperdício de alimentos está ligado à distribuição. As empresas estão sempre avaliando formas de melhorar essa cadeia. Isso inclui não só o cuidado com as embalagens durante o transporte dos alimentos, mas também o modo como o consumidor realiza a compra. O aumento de Delivery de restaurantes é um bom exemplo de uma forma de distribuição que vem aumentando, e ainda temos dúvidas quanto à sua segurança. O mundo busca alternativas para ampliar a distribuição em meio à pandemia. Na China, durante a quarentena, algumas empresas usaram aplicativos que controlavam a temperatura de todos que tiveram contato com a refeição na cadeia de Delivery (cozinheiro, entregador, motoboy).

3. Produção e escala

O que uma redução repentina na produção de alimentos pode nos trazer de consequências? Teremos muitas safras desperdiçadas por falta de consumo? Como podemos criar redes de retenção mais próximas dos produtores? Liofilização, enlatados, geleias - existem diversas formas de conservar alimentos que podem ser ampliadas nesse momento. Um exemplo é o movimento europeu de restaurantes que, em meio à pandemia, começaram a fazer sopas para seus clientes usando suas reservas de alimentos e de seus produtores.

4. Educação culinária para crianças

Regiões afetadas por falta de alimento em alguns períodos da história, como a Europa durante as guerras, culturalmente são mais educadas contra o desperdício. Mas como a indústria pode colaborar e ensinar seus consumidores a conservar e ter mais cuidado com a comida por aqui? Boa parte dessa educação deve começar nas escolas. Criar um vínculo e falar sobre cuidado e alimentação com as crianças é fundamental. Um exemplo é o programa da chef de cozinha Janaína Rueda, que oferece ingredientes frescos e novas receitas para melhorar a merenda infantil nas escolas públicas de São Paulo.

5. Redução do tamanho das porções

Após o período de pandemia e estocagem desenfreada, teremos a chance de propor mudanças na conservação de alimentos. A indústria pode se adaptar e criar embalagens de tamanho reduzido para que as pessoas tenham mais acesso e evitem o desperdício em casa. Será o momento de refletir, por exemplo, se o arroz de 5kg ainda é a melhor forma de distribuição dessa commoditie. Embalagens de porções menores, com explicação de como o produto pode ser melhor aproveitado e conservado, podem até reduzir o consumo, mas vão aumentar a nossa eficiência como humanidade.

Hoje, desperdiçamos 1/3 de todo o alimento que produzimos. Isso é um grande problema e devemos aproveitar esse momento para aprender a conservar melhor nossos alimentos.



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